Terça-feira, 2 de Outubro de 2007
No passado dia 25 de Setembro, fiz referência num
post, sobre a inactividade dos senhores que supostamente iam acabar com os estacionamento ilegal em diversas zonas de Lisboa.
Hoje, reparo que a situação é notícia no jornal gratuito
Global Notícias...
Para não vos dar trabalho, aqui está a notícia...
Nota: Isto, de ter os jornais em PDF dá um jeitaço, para fazer posts destes...
Quinta-feira, 27 de Setembro de 2007
A Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M) solicitou à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR - Antiga DGV) a «suspensão imediata» da decisão de alterar o limite máximo de velocidade na Avenida Marechal Spínola de 50 para 80 quilómetros/hora???
E um dos argumentos defende que a medida servia para prevenir os atropelamentos????
Bom, eu sei que bebi uma caipirinha...mas, que eu saiba, uma caipirinha não bate assim tanto!!!
Vamos lá por partes...eu até posso concordar com os radares. Mas, ter um radar numa via RESERVADA DA VEÍCULOS AUTOMÓVEIS, definido para 50 quilómetros/hora???
Portanto, pelo que aprendi no código, este tipo de vias, não permite a circulação de peões. Logo, se existir algum problema será com o número insuficiente de passagens para peões naquela via.
E o comportamento dos peões? Não tem que ser penalizado? Li ontem, algures, sobre uma Carta de Direitos dos Peões. Espero que não se esqueçam de incluir os Deveres.
Mas, a verdadeira pérola está na frase do representante da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M), e que consiste neste brilhante conclusão:
"Será que o presidente da ANSR não sabe que os atropelamentos acima dos 50km/h são geralmente mortais e que, onde os radares foram instalados, a sinistralidade grave baixou 78 por cento?"
Portanto, o senhor que tirou esta brilhante conclusão, acha que numa via, onde nem sequer deviam passar peões (esqueceu-se dessa parte), os atropelamentos acima dos 50km/h são geralmente mortais. Então pergunto...qual será o efeito de um carro sobre um peão a 40 ou 45km/h numa via onde o peão não devia estar? Ou a 51km/h? E se for a 56km/h? Em bom rigor, são velocidades acima dos 50km/h.
De qualquer forma, tenho pena que os condutores portugueses, nem sequer tenham piedade em relação aos peões, em simples passadeiras no centro da cidade de Lisboa, portanto, não sejamos hipócritas. Como condutor e peão que sou, tenho queixas nos dois sentidos e a questão passa mesmo pela forma pouca cívica em que se vive actualmente. Logo, estamos perante um problema de base da nossa sociedade, sobretudo da portuguesa.
Se colocamos um radar a 80km/h, abusamos da sorte. Se é criada uma passagem para peões, passamos ao lado porque é mais demorado ir pela passagem e depois a culpa é dos condutores. Está verde para os peões, o condutor acha que tem sempre prioridade...e nunca mais acabava a lista...
Concluíndo, não sou nenhum exemplo de condutor de excelência, mas tento ao máximo respeitar a posição do peão. Um peão será sempre um ser humano e o carro, uma máquina potencialmente assassina.
Notas para os condutores:
- Quando a estrada tem 3 vias, a da direita também conta.
- Porque razão, nas ultrapassagens, mantém a mesma velocidade do carro que estão a ultrapassar?
- Os espelhos do carro são para usar.
- Se têm medo, posso dar uma novidade. São vocês que controlam o carro, não o contrário.
- Não se ponham com hesitações e sejam objectivos nas manobras.
- Os senhores dos Mercedes, BMW's, Audi's e companhia...se vão para a auto-estrada para andar a 100km/h, na via da esquerda...epá, o meu dá 120km/h, na via da direita. Portanto, o modelo do carro, não estabelece direitos adquiridos.
E por aqui me fico, com uma lista potencialmente interminável, mas com uma última dica para o pessoal do Chunning e Motards:
- Se vocês pensam que são os verdadeiros loucos da estrada, pode ser que um dia, tenham azar e vos apareça o mais inesperado maluco...
Pronto, agora podem começar...o link para os comentários é já aqui em baixo...
Terça-feira, 25 de Setembro de 2007
Ao consultar os Feeds RSS, chega-me
esta notícia do Público, sobre o primeiro balanço da Tolerância Zero no estacionamento ilegal em Lisboa.
A notícia apresenta-se com o título:
"Lisboa: "Tolerância zero ao estacionamento ilegal" com balanço positivo"
A minha reacção inicial foi: "Desculpe, pode repetir?"
Positivo? Ok...se eles o dizem...mas para quem circula diariamente na zona do Saldanha e Avenidas Novas, já deve ter reparado que o balanço é
inactivo.
Pura e simplesmente, continua tudo na mesma. No mesmos sítios, às mesmas horas ou de forma abusiva, durante todo o dia. Rigorosamente nada mudou. Polícia? Estamos a falar dos senhores que foram anteriormente conhecidos por Sapos e agora vestem-se de cinzento e falam línguas exóticas do leste da Europa?
De qualquer forma, a ver pela notícia, a coisa até tem rendido uns bons tostões...
Sábado, 28 de Julho de 2007
No passado dia 18, publiquei um post, fazendo referência a uma foto publicada pela
National Geographic de Lisboa, da zona da Sé.
Na altura, prometi que tentaria criar uma foto muito semelhante, mas tirada em 2007, para tentar perceber as diferenças. Para manter a coerência da comparação, a foto de 2007, está igualmente a preto e branco.
Vamos ao que interessa...aqui vos deixo a foto original da
National Geographic e que foi tirada por
W. Robert Moore, talvez nos anos 40, informação que não consegui confirmar.
Agora, a versão actual da mesma zona com uma foto da minha autoria.
Curioso, não é? Sobretudo para compreender o estado actual da "minha" cidade!
Quarta-feira, 18 de Julho de 2007
Hoje, quando tentava encontrar mais detalhes sobre o documentário "A Criar Natureza: Oceanário de Lisboa", produzido pela
National Geographic, que terá a sua estreia dia 29 de Julho às 21h, encontrei uma fotografia bem tipíca de Lisboa, da autoria de
W. Robert Moore, que foi utilizada como "Photo of the Day" pelo National Geographic. A foto, mostra uma cena, numa zona bem conhecida de Lisboa, numa rua que por acaso até conheço bem.
Conhecem esta rua? Qual a particularidade da mesma? Sempre me fascinou, olhar para as fotos e reconhecer locais que perante os nossos olhos, têm outra vida, outras cores, o fascínio do que foi e do que deixou ser, do que era rural e passou a industrial ou urbano. Da miúda que leva a cabaça com peixe na cabeça, e agora calça Crocs e ouve D'zrt no seu iPod.
O "antes e depois" em todo o seu esplendor.
Esta foto, faz-me recordar um projecto antigo, que gostaria de realizar, que me fez em tempos, visitar o
Arquivo Fotográfico de Lisboa. Como calculam, o tempo não é muito, os projectos são muitos e esse em particular tem ficado sempre para trás. Talvez, daqui a uns bons anos, durante a reforma, eu possa aproveitar para realizar esse projecto.
Quanto a esta foto, espero conseguir mostrar o "depois" desta foto, e captar os "tons" do Séc. XXI desta rua e claro, se possível mostar o resultado final, aqui no estaminé blogesférico.