Quinta-feira, 27 de Setembro de 2007
É, sem dúvida a notícia do dia. Pedro Santana Lopes mostrou em directo que os tem e logo com a sempre bonita Ana Lourenço. Portanto, Pedro Santana Lopes a jogar em casa. Um treinador de futebol, política, o PPD/PSD, a Ana Lourenço, polémica...é o Pedro que nós já não víamos há muito.
Agora, um pouco mais a sério. Sinceramente, tenho que me colocar do lado de Pedro Santana Lopes, porque há, de facto limites que a comunicação social em Portugal está a ultrapassar de forma perigosa, de resto, uma opinião já veiculada por diversas vezes por Pacheco Pereira, o nosso
Abrupto de serviço.
É um facto, que há futebol a mais nas televisões portuguesas. Atenção, deste lado, está alguém que gosta bastante de futebol, mas reconheço que as televisões têm que rever os seus critérios editoriais.
Bem sei, que ultimamente a Sky News não serve de exemplo para ninguém, mas exceptuando o despedimento de Mourinho, as notícias de desporto e futebol, que em Inglaterra tem o estatuto que tem, são remetidas para pequenos blocos no final de cada noticiário. Em Portugal, é prática corrente, abrir jornais com os resumos (de má qualidade), dos jogos do dia anterior.
Agora, para os mais distraídos, deixo-vos o vídeo do exacto momento, em que tudo acontece...
Destaco também o
post do André Toscano, sobre esta temática no seu
Diz que Disse.
Quinta-feira, 9 de Agosto de 2007
Em Portugal, processa-se! Nos Estados Unidos, tenta-se ganhar votos.
Aqui fica o vídeo da edição de 8 de Agosto do conhecido podcast "
RocketBoom", que dedica a sua edição à
Convenção Yearlykos, que contou com a presença dos candidatos democratas à presidência dos Estados Unidos, que responderam a perguntas de bloggers.
Mesmo em Portugal, os bloggers já ganharam algum espaço. Bem sei que falamos de uma dimensão diferente, mas claramente, olhando globalmente para os media, percebemos junto dos meios clássicos, que a blogoesfera é um formato a considerar.
Segunda-feira, 16 de Julho de 2007
Tal como já se esperava a direita abanou e de que maneira.
Apesar da minha recente adesão ao voto em branco, sou sobretudo de direita, embora nos dias de hoje, uma divisão direita, centro, esquerda, parece-me ridícula. Até podia comparar essa divisão à divisão do mundo, por zonas, quando o DVD foi globalizado. As zonas são diferentes, mas o filme é o mesmo.
Algumas conclusões que podemos tirar dos resultados de ontem, se querer entrar a fundo nestas questões polítiqueiras:
- António Costa, o mal menor, provando que a popularidade do governo está por baixo. No entanto, conseque melhor resultado que o seu antecessor, Manuel Maria Carrilho.
- Carmona vinga-se em grande estilo de Marques Mendes. Apesar de estranhar estas eleições deste tipo de candidatos, de resto, algo que já tinhamos visto em Gondomar, Oeiras ou Felgueiras, parece-me de forma paradoxa que António Costa, pode ter aqui o seu melhor aliado.
- Fernando Negrão, entra em grande estilo no PSD. Apesar da derrota pesada, assume a postura do "único que se chegou à frente" e portanto, se há problemas o partido que os resolva. É aqui, que entra Marques Mendes, que só fez aquilo que tinha que fazer.
- Helena Roseta, provou, a par de Carmona, que há espaço para a Cidadania e para grupos de Cidadãos, que devidamente organizados, podem no futuro ter um papel predominante na política e poderão ser de facto, uma real opção aos partidos.
- Sá Fernandes, esforçado lá conseguiu manter o lugar. Vamos ser sinceros, estas eleições seriam sempre um risco para Sá Fernandes. Sempre ouvi, durante a campanha, boas referências a Sá Fernandes. Não percebo sinceramente porquê. O discurso não é muito diferente dos restantes, mantém a coerência de ser do Contra, umas vezes com razão, outras vezes nem por isso. A apoia-lo está um Partido que está "na moda", de conseguiu de facto ser durante a campanha, um candidato esforçado. O lugar estava em risco e seria decisivo conseguir manter o chamado "tacho". Eu sei, é um lugar comum, mas a credibilidade destes senhores, não me permite ter outro tipo de posição.
- Telmo Correia, o primeiro dos vários equívocos desta eleição. Felizmente as pessoas, por vezes, conseguem ter memória e todos nós, lembramos os tristes acontecimentos, durante o processo do regresso à liderança de Paulo Portas. Sinceramente, nada daquilo foi claro para ninguém. Aquele congresso também não ajudou, com um "majestoso" anúncio dos cabeças de lista, que pareciam ter a vitória garantida, tal era o inchaço de cada um deles. Viu-se o resultado de tanta arrogância.
- Quanto aos restantes, bem sei que estamos em democracia, mas há limites. Para esses tenho um recado:
Comprem uma vida e metam-se nela!
Para concluir, gostava apenas de lamentar que mais uma vez, a comunicação social, nomeadamente as televisões, pura e simplesmente ignoram, os votos em branco. São números que não se comparam com a famosa abstenção, mas são números para considerar, que vão sempre variando entre os 3% e os 2%, dependendo das eleições e claro do nível de abstenção.
Uma última nota, para os senhores políticos, quando opinam sobre a abstenção e a analisam, transferindo responsabilidades para o povo e para as pessoas. Bom, lamento, mas a postura destes senhores vai ter que mudar. O problema está na própria classe política e enquanto isso não mudar, podem acreditar que o nível de abstenção terá tendência para aumentar.
PS: Bati o meu recorde de tempo para votar e do boletim de voto, só me recordo que era verde, porque o conteúdo...mal olhei para ele.
Quinta-feira, 24 de Maio de 2007
Numa altura que foi decidido o destino de um professor que supostamente insultou o Primeiro-Ministro José Sócrates (afinal é ou não é Eng.?), o ministro Mário Lino decidiu brilhar pelos piores motivos.
Antes de avançar, devo recordar que o mesmo ministro, há algumas semanas atrás, numa declaração pública, fez uma piada clara ao PM, referindo que ele é mesmo Engenheiro e até está inscrito na respectiva Ordem. Que eu saiba, o assunto morreu no mesmo dia.
Ontem saiu-se com a declaração do "Deserto", uma referência à possibilidade de construir o novo aeroporto na margem sul, fazendo ainda outras referências pouco simpáticas e cuja a forma lembra um qualquer pacóvio de bairro ou Velho do Restelo, que não concorda em absoluto com opiniões contrárias.
Agora é esperar pela demissão do senhor Ministro, porque a presença dele no governo pode ser mortal. Sem um braço sobrevivemos, mas com um cancro, isso já será mortal, não é, senhor Mário Lino? (se o blog for encerrado...já sabem...a outra senhora anda por aí...)
Sobre este assunto Ricardo Araújo Pereira já emitiu a sua própria opinião no Sapo:
E já sabem...Voto em Branco nas Intercalares de Lisboa!